Nós, estudantes de Turismo da Universidade Federal de Ouro Preto, estamos acampados em frente ao prédio do Departamento de Turismo do campus universitário desde à ultima quinta feira, dia 22/03 e não pretendemos sair de lá enquanto não tivermos certeza de que nosso protesto foi ouvido e acatado pelas autoridades responsáveis.

Enfrentamos alguns problemas com a chuva, que nos primeiros dias molhou muitas de nossas coisas, mas a presença do sol pela manhã ajudou a secar tudo. Agora o acampamento e as barracas já estão preparadas para a vinda das chuvas, sendo assim, a chuva não nos impedirá de continuar a nossa luta.
Gostaríamos de agradecer aos nossos companheiros que tem nos visitado e levado sempre suprimentos fundamentais para nossa estadia no acampamento e aos que sedem suas casas para quem precise tomar banho. Nossa perseverança e força para continuar o protesto vem de todo o apoio que temos recebido, seja com os suprimentos e com as barracas e colchonetes emprestados, e também com a presença de todos, que juntos, independente de suas diferenças, formam uma grande equipe que luta pelo mesmo ideal.
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Música, roda de discussão e acompanhamento pela internet |
Estamos abertos a visita de qualquer um que venha a compartilhar dos nossos ideais, ou mesmo se informar e esclarecer possíveis dúvidas a respeito do nosso movimento, que é livre, aberto, democrático, pacífico e apolítico, e que busca por condutas éticas e de respeito ao próximo.
Continuamos contando com a presença e solidariedade dos que se manifestarem favoráveis ao nosso movimento. A luta não pode parar.
Grandes alunos! Do sertão das gerais e do Brasil apoio e incentivo o movimento de vocês. Perseverança e parcimônia serão as palavras de ordem para os próximos dias. Que essa lição, a luta pelo justo, seja sempre uma bandeira de suas vidas.
ResponderExcluirViva la revolución!!!
ResponderExcluirPessoal,
ResponderExcluirNão conheço a fundo as acusações que pesam contra esta professora. Pelo que li neste blog, é possível que sejam ações tomadas por servidores públicos por causa de decisões tomadas pela professora quando em exercício da coordenação do Departamento de Turismo.
Sou formado em engenharia pelo CEFET-MG em 1999. Naquela época, naquela escola, havia uma professora coordenadora do curso de engenharia que resolveu colocar ordem no departamento tomando algumas atitudes consideradas ortodoxas pelos professores do departamento.
Simplificando, esta professora estava exigindo que os professores trabalhassem as 40 horas semanais para as quais estavam sendo pagos. Dentre outras atituds, abriu um processo contra um professor que era contratado com DE (Dedicação Exclusiva) que mantinha uma empresa de serviços em funcionamento em Belo Horizonte, onde dava expediente durante toda a semana.
Além disto, ela exigia que o regulamento da escola fosse cumprido, às vezes ferindo o interesse de alguns alunos que queriam "atendimento diferenciado" por parte da escola.
O resultado das ações dela foram claros: foi hostilizada pela comunidade acadêmica. Tanto os professores de seu departamento quanto os alunos nutriam um sentimento pouco louvável por ela.
Esta professora resolveu parar de dar "murro em ponta de faca" e as coisas voltaram a ser como eram antes. Ruins como eram antes. Os perdedores foram os alunos e a sociedade.
Não estou dizendo que a Flecha, professora da UFOP, não tenha feito nada de errado, apenas que conheço um caso em que uma professora séria de uma instituição séria, com intenções das melhores, foi "malhada" durante suas atividades de coordenadora.
Conheço caso de professores, coordenador e diretor de escola pública, que foram muito amados por todos por serem bons atores políticos e outros que foram odiados por não ter habilidade política.
No caso específico da professora Flecha, acho estranho o fato desta professora ter sido empossada como coordenadora do curso e ser retirada após acusações de servidores e/ou professores insatisfeitos. Tem indícios de retaliação pelas ações tomadas pela professora em função do exercício de seu cargo.
Pelo que li no blog, a principal acusação que pesa sobre ela é intimidação de servidores públicos em suas avaliações estágio probatório e de professores substitutos.
O estágio probatório é para avaliar se um determinado servidor cumpre suas obrigações e que, desta forma, poderá ser efetivado para exercer as garantias constitucionais garantidas aos servidores públicos.
Caso estes servidores não estejam cumprindo suas obrigações, nada mais justo do que emitir avaliações negativas. Porém, estas avaliações não podem ser utilizadas como instrumento de coação política.
Os corpos de professores e técnicos-administrativos das universidads públicas são extremamente corporativistas. Quando chega alguém qurendo colocar "ordem na casa", esta pessoa é vista como autoritária e ditadora.
Fiz parte da geração cara pintada, uma geração de adolescentes que foi manipulada para ir para as ruas para tirar o Presidente da República Fernando Collor de Melo do poder.
Acredito muito no poder das manifestações populares. Vocês devem mesmo lutar pelo que acham que é correto, mas peço que reflitam e vejam a universidade por dentro, como ela é, como deveria ser.
Tomem cuidado para não serem manipulados.
Como disse anteriormente neste post, não conheço o dia-a-dia da Faculdade de Turismo da UFOP, nem tão pouco conheço a fundo as acusações que pesam contra a professora Flecha, nem conheeço a mesma, portanto não estou aqui defendendo sua pessoa e suas atitudes pregressas, somente colocando ingredientes para reflexão.
Felicidades a todos da comunidade da UFOP.
Revolução é feita assim mesmo: todos abertos ao diálogo e utilizando do bom senso. Sou acadêmico de turismo, assiom como vocês e daqui de Manaus eu estou torcendo que a vontade de estudantes que batalharam muito para chegar aonde estão seja mantida. Lutar pela qualidade de ensino e estrutura é um diretio de todos. / palmas a todos !
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